Quando o assunto é ausências no trabalho o clima de desconfiança cresce e os atestados médicos são severamente questionados. Quais aspectos importantes não revelados que são caracterizados como fraudes e que deveriam ser investigados numa gestão de absenteísmo? Se perguntar para o administrador, para o médico ou para o advogado, haverá diferentes tratativas para cada uma das áreas do conhecimento. Implantar um sistema de gestão de absenteísmo, parece uma tarefa fácil, mas é preciso estar disposto a ouvir e querer entender os motivos que levam a ausência. O atestado médico revela muitas coisas sobre o indivíduo, inclusive o inicio de um agravo de doenças relacionadas com o trabalho.
Os efeitos do absenteísmo geram problemas não apenas a empresa, mas também ao próprio empregado. Para os gestores de Rh é mais fácil o trabalhador mascarar o motivo da ausência, atribuindo problemas de saúde, do que relatar o real motivo. A ausência do empregado pode estar relacionado a baixa auto estima, o protecionismo, relação prejudicada com a chefia, insatisfação salarial, dificuldade de relacionamento no trabalho e o próprio ambiente insalubre.
Consequentemente esses efeitos acarretam impactos severos a produção aumentando os custos com substituição de novos empregados, treinamento de temporários e agravamento de passivo na esfera judicial. Este tipo de funcionário é mal visto pela equipe e exige atitude da liderança, pois ausências sobrecarregam os outros trabalhadores.
Visão humanista do absenteísmo
A gestão de absenteísmo na visão humanística vai além de meros dados estatísticos, enquanto a visão ortodoxa não produz nenhum resultado para mudar a cultura dos ausentistas, o novo departamento humano organizacional, encontra apoio nas equipes multidisciplinares em busca de soluções efetivas, sem conflitar com o código de ética médica.
A área ocupacional está inserida no contexto de distúrbios da saúde para evitar o agravo de doenças, ainda na fase pré inicial. A validação dos atestados feita pelo médico do trabalho investiga a queixa, com apoio de outros especialistas. Mas quando o trabalhador usa o pretexto da saúde para obter vantagens, é porque a relação empresa e empregado ficou desgastada e o caso deve ser tratado em outra esfera, que não seja o ambulatório médico.
O relatório de absenteísmo é uma importante ferramenta para tomada de decisão, cujo os dados consolidados são pertinentes as condições de saúde dos trabalhadores. O plano de ações corretivas deve ser articulado como outros programas como: gestão de afastados, gestão de NTPE e Gestão do FAP.
A saúde faz diferença quando se respeita o direito do próximo.
Escrito por: Mauro Ernesto de Oliveira Jr CEO da Asonet ocupacional
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